Parte III - Anjo.
Desta vez, não fui acordado. Desta vez uma porta fora imposta na minha frente, só podia saber que era uma porta pela luz que emanava pelas frestas e formava uma silhueta retangular em pé, à volta, tudo era escuro, sem som.
Claro, que agarrei a maçaneta e abri.
Ao abrir, uma conhecida sala. Lá estavam os personagens da "acordada" passada, Vergil agora estava com o braço no pescoço de Dante e Nero ralhando com Vergil, Dante já estava roxo com a falta de ar e então, Vergil o largou.
- Raios Vergil, quase mata seu irmão.
- Cof, cof, fraco, cof.
- Me enche o saco, desgraçado, que te arranco a cabeça na próxima vez, fica pedindo ajuda a Nero, pff.
A cena era engraçada até, tão engraçada que soltei uma risada leve, à medida que fechava a porta, se tinha de ficar ali com as mesmas pessoas, bah, que ao menos fosse divertido.
- Daaaaaee! Está com o humor melhorado hoje! Cof...
Dizia o gigante de vermelho, meio que massageando o pescoço.
- Eheh...Estou um pouco sim...Afinal esta história é bem complicadinha, mas...Não deixamos de estar presos ao mesmo destino, erhm?
- Não estamos presos, você sempre pode ficar no escuro por trás da porta, meu caro.
Dizia a figura mais seca do local, mas meio que educada.
- Sim, podemos, a questão é que sempre abrimos então...Olá.
- Esse é o espirito. Então, hoje, deseja fazer mais alguma pergunta? Sua vez está quase chegando, sabe.
De fundo, dava para ver Dante cutucando o de azul, parecia impaciente e, com um olhar mortal focado no ar, como se imaginasse algo bem...mortal?
Bem, de facto Nero tinha a maioria das respostas então, foi bombardeando com elas, queria absorver tudo.
- Mas...Todos nós conseguimos ver ele, porquê isso? Afinal ele não tem uma consciência própria?
- Tem, sim, mas a junção de todos nós é, na verdade, Ele.
-...Ele então é a entidade maior, ele é o propósito de existirmos?
- Até certo ponto, Ele nos cria para se ajudar, nós existimos como fruto de imaginação, somos situações separadas e/ou fraccionadas em pessoas, você é mais uma consciência base, onde se adapta mais ao "James".
Mas isso era ainda mais confuso, confuso a ponto de parar para processar, eu afinal tinha lembranças, tinha pessoas que me lembrava, tinha uma infância, embora quebrada assim como adolescência, adulto e...morte.
Me lembrava da poça de sangue em uma noite chuvosa. Apenas isso...
- Eu tenho lembranças...
- As quais existiram, em uma vida passada. Você tem também uma personalidade e um jeito de lidar com as coisas, assim como decisões.
Esse jeito, irá afetar James, com um ou dois pensamentos teus para com ele.
Claro que ele também pode escolher se vai te ignorar ou te ouvir, ele tem esse poder.
- Então só nos usa? Nós não temos propósito, fim?
- Bem...Lembre-se de seu lar. Seu lar tinha uma quantia razoável de dinheiro, dinheiro o qual você produzia pela quantidade de trabalho que você tinha, sua vida nesse tempo fora ser ensinado para ser usado e, mesmo assim, sem um real livre arbítrio.
Aqui você trabalha consigo mesmo e com "James", a questão é que, enquanto ele estiver vivo, você estará também, você não paga por isso, não precisa comer e você não é ensinado a isso.
Ele te deixa ser quem és e se funde a ti, claro, com suas limitações. Ninguém gosta de ser TODO um apenas. Senão simplesmente deixávamos de sentir, concorda?
Nero realmente tinha uma lábia incrível, assim como sua inteligência e magnificência com as palavras, aquilo esclarecera muita coisa e, o meu pensamento pre-formado de preso a alguém, fora transformado em agradecimento, afinal, com a visão de alguém vivo e, ainda assim pensando com sua própria cabeça era algo perto da liberdade, só que as limitações eram um pouco mais...estranhas.
Agora, Dante e Vergil lentamente paravam de brigar e se levantavam, um empurrando o outro, em direção da porta e, entrando na mesma, dava para ver eles sumindo no breu.
- Bem, agora vou indo, meu amigo. Qualquer pergunta que tenha, no futuro, estou aqui.
Mas vai aprender mais com ele.
Apontara para a tela onde passava as memórias de James, as presentes memórias. E se direcionou para a porta que, fechara à medida que entrou.
Agora, me concentrei na tela mostrava uma conversa e à medida que me concentrava na tela, conseguia sentir o que James sentia e ouvir o que diziam,assim como o próprio James, era uma conversa básica de jantar, socialização.
De vez em vez, James olhava para uma garota, mas eu conseguia sentir a fervilhação, algo imensamente forte.
Nos olhos da garota, eu podia ver alguém dentro, alguém...Aquele mesmo alguém que na conversa anterior vira.
Era estranha, lindamente estranha, será que ela me vira?
Fiz um sinal de "Olá" para ela, levantando o braço e acenando.
Após um tempo, essa figura fez a mesma coisa.
James cortava sempre a visão e, a conversa continuava.
A garota era estranhamente familiar, assim como a fisionomia da figura em seus olhos.
Ambos se despediram de seu amigo, e foram para uma praia, desta vez, conseguira sentir o que a garota sentira, era estranho distinguir, só que quando sentia isso, vinha um perfume junto, apenas assim conseguia diferenciar.
Ambos se sentaram, também e algo aconteceu.
...
...
Um breu.
Claro, que agarrei a maçaneta e abri.
Ao abrir, uma conhecida sala. Lá estavam os personagens da "acordada" passada, Vergil agora estava com o braço no pescoço de Dante e Nero ralhando com Vergil, Dante já estava roxo com a falta de ar e então, Vergil o largou.
- Raios Vergil, quase mata seu irmão.
- Cof, cof, fraco, cof.
- Me enche o saco, desgraçado, que te arranco a cabeça na próxima vez, fica pedindo ajuda a Nero, pff.
A cena era engraçada até, tão engraçada que soltei uma risada leve, à medida que fechava a porta, se tinha de ficar ali com as mesmas pessoas, bah, que ao menos fosse divertido.
- Daaaaaee! Está com o humor melhorado hoje! Cof...
Dizia o gigante de vermelho, meio que massageando o pescoço.
- Eheh...Estou um pouco sim...Afinal esta história é bem complicadinha, mas...Não deixamos de estar presos ao mesmo destino, erhm?
- Não estamos presos, você sempre pode ficar no escuro por trás da porta, meu caro.
Dizia a figura mais seca do local, mas meio que educada.
- Sim, podemos, a questão é que sempre abrimos então...Olá.
- Esse é o espirito. Então, hoje, deseja fazer mais alguma pergunta? Sua vez está quase chegando, sabe.
De fundo, dava para ver Dante cutucando o de azul, parecia impaciente e, com um olhar mortal focado no ar, como se imaginasse algo bem...mortal?
Bem, de facto Nero tinha a maioria das respostas então, foi bombardeando com elas, queria absorver tudo.
- Mas...Todos nós conseguimos ver ele, porquê isso? Afinal ele não tem uma consciência própria?
- Tem, sim, mas a junção de todos nós é, na verdade, Ele.
-...Ele então é a entidade maior, ele é o propósito de existirmos?
- Até certo ponto, Ele nos cria para se ajudar, nós existimos como fruto de imaginação, somos situações separadas e/ou fraccionadas em pessoas, você é mais uma consciência base, onde se adapta mais ao "James".
Mas isso era ainda mais confuso, confuso a ponto de parar para processar, eu afinal tinha lembranças, tinha pessoas que me lembrava, tinha uma infância, embora quebrada assim como adolescência, adulto e...morte.
Me lembrava da poça de sangue em uma noite chuvosa. Apenas isso...
- Eu tenho lembranças...
- As quais existiram, em uma vida passada. Você tem também uma personalidade e um jeito de lidar com as coisas, assim como decisões.
Esse jeito, irá afetar James, com um ou dois pensamentos teus para com ele.
Claro que ele também pode escolher se vai te ignorar ou te ouvir, ele tem esse poder.
- Então só nos usa? Nós não temos propósito, fim?
- Bem...Lembre-se de seu lar. Seu lar tinha uma quantia razoável de dinheiro, dinheiro o qual você produzia pela quantidade de trabalho que você tinha, sua vida nesse tempo fora ser ensinado para ser usado e, mesmo assim, sem um real livre arbítrio.
Aqui você trabalha consigo mesmo e com "James", a questão é que, enquanto ele estiver vivo, você estará também, você não paga por isso, não precisa comer e você não é ensinado a isso.
Ele te deixa ser quem és e se funde a ti, claro, com suas limitações. Ninguém gosta de ser TODO um apenas. Senão simplesmente deixávamos de sentir, concorda?
Nero realmente tinha uma lábia incrível, assim como sua inteligência e magnificência com as palavras, aquilo esclarecera muita coisa e, o meu pensamento pre-formado de preso a alguém, fora transformado em agradecimento, afinal, com a visão de alguém vivo e, ainda assim pensando com sua própria cabeça era algo perto da liberdade, só que as limitações eram um pouco mais...estranhas.
Agora, Dante e Vergil lentamente paravam de brigar e se levantavam, um empurrando o outro, em direção da porta e, entrando na mesma, dava para ver eles sumindo no breu.
- Bem, agora vou indo, meu amigo. Qualquer pergunta que tenha, no futuro, estou aqui.
Mas vai aprender mais com ele.
Apontara para a tela onde passava as memórias de James, as presentes memórias. E se direcionou para a porta que, fechara à medida que entrou.
Agora, me concentrei na tela mostrava uma conversa e à medida que me concentrava na tela, conseguia sentir o que James sentia e ouvir o que diziam,assim como o próprio James, era uma conversa básica de jantar, socialização.
De vez em vez, James olhava para uma garota, mas eu conseguia sentir a fervilhação, algo imensamente forte.
Nos olhos da garota, eu podia ver alguém dentro, alguém...Aquele mesmo alguém que na conversa anterior vira.
Era estranha, lindamente estranha, será que ela me vira?
Fiz um sinal de "Olá" para ela, levantando o braço e acenando.
Após um tempo, essa figura fez a mesma coisa.
James cortava sempre a visão e, a conversa continuava.
A garota era estranhamente familiar, assim como a fisionomia da figura em seus olhos.
Ambos se despediram de seu amigo, e foram para uma praia, desta vez, conseguira sentir o que a garota sentira, era estranho distinguir, só que quando sentia isso, vinha um perfume junto, apenas assim conseguia diferenciar.
Ambos se sentaram, também e algo aconteceu.
...
...
Um breu.
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