Parte II - Anjo.
Conseguia ver tudo claramente, como se estivesse dentro de James, podia sentir o que ele sentia, ver o que ele via, ouvir seus pensamentos e até mesmo dar pensamentos a ele. Mas será que ele me notava? Será que ele me ouvia suspeitando de outra pessoa?
Por um momento, olhei em volta. Era uma sala branca e quando olhava para a frente, conseguia ver o que James via, como uma tela.
Mas agora a imagem "freezara", congelara.
O som dos pensamentos era resposto por passos, vários passos.
Depois, o silêncio absoluto.
Agora, essa sala tinha uma porta, atrás de mim.
Uma porta que eu fiquei curioso em saber o que havia por detrás, mas, principalmente por ela estar com a maçaneta mexendo.
Até abrir.
Quando abriu, 3 personagens curiosos foram entrando, não eram alados, eram normais.
Falando nisso, não me sentia naquele lugar especial. Aquele depois de minha...morte?
Enfim.
- Dae manin'. 'Tá mais suave?
Disse um gigante, com um cabelo branco, com uma jaqueta vermelha, calças castanhas e botas afiveladas.
- Erhm...Estou.
Que fazem aqui? Isto é meio pessoal.
Disse, aquilo era meio que uma invasão de privacidade de...suas lembranças.
- Ótimo, outro retardado que eu tenho de aturar. Pff.
Um ser igualmente gigante, se pronunciou, na verdade, o que mudava neles era a roupa, que deste era azul e seu cabelo, que o gigante mais amigável era liso, este que tinha mais raiva na voz, espigado, revoltoso.
- Quietos vocês dois, ele ainda está confuso.
Boas meu jovem.
Agora um homem mais maduro, nos seus cinquenta mas fisicamente perfeito falou com sua grave voz, chegava até a ser detalhista.
- Erhm...Boas. Querem me explicar o porquê de vocês estarem aqui?
- Ah, bem, nós "vivemos" aqui. Ou fomos criados para isto, não sei.
Ainda assim, somos parte desse jovem ai, que você assistiu e tomou rumo, correto?
Se sentia estranho, algo nesse senhor era familiar. Os outros dois também, embora estivessem mais preocupados em demonstrações de afeto familiar, como socos e chutes.
- Como que...sabe disso?
O homem apenas suspirou, ouvindo os socos e chutes dos outros dois.
- Vergil, Dante, parem, por favor?
Vergil, o de azul, estava preso em uma chave de pescoço pelo mais alegre, Dante. Que insistia em dizer :
- Pinico, V, pinico!
Mas logo o soltou, o que fez Vergil resmungar em sussurros, ao ouvir a voz do homem.
- Quão estraga-prazer, Nero. Bah.
Disse Dante, sorrindo para o tal Nero.
- Teu sorriso chega a ser irritante de tão cinico, pode parar.
Enfim, meu jovem, sabemos porque fazemos a mesma coisa, quando somos "chamados".
A diferença é que ele gosta mais de conversar contigo, és o mais..."politicamente" correto.
Eu converso com ele sobre negócios, Dante em lazer, Vergil com pessoas que ele não gosta.
O resto, é contigo.
Minha cabeça estava em água...Afinal, o que era eu? O que realmente eu estava ali fazendo?
- Mas e agora, porque estamos todos aqui?
- Ah, já que James não precisa mais de conversar contigo, aproveitamos para nos conhecer...
Disse Nero, esperando um nome...Mas eu não sabia meu nome, nem sequer isso...
- Erhm...Angelo. Pode me chamar de Angelo.
Finalmente falei, me lembrando de minhas asas, que curiosamente já não existiam em mim.
- Bem, Angelo, bem vindo a sua nova casa. Aqueles dois são Vergil, o de azul e Dante, o de vermelho.
Sou Nero, como Dante disse anteriormente.
- Dae manin', bem-vindo a esse troço aqui. Agora quando ele for no banheiro, tu que trata dele, suave?
Disse Dante, rindo alto.
Vergil e Nero pareciam menear a cabeça.
- Esse retardado é meu irmão, eu sou Vergil. Só não me enche muito o saco como esse escroto que não morre...rápido.
Disse o mais frio, era de ter medo daquele sombrio personagem.
- Mas então somos várias pessoas dentro de um...ser humano?
Concluí, afinal, pelo que eles falavam, era uma vida ali presente.
- Sim, e se ele morrer, morremos também, é assim que funciona.
Estremeci um pouco com isso, não era viável morrer denovo...Mas tinha algo estranho ali.
Eu me vi, morrendo. Já vi isto, já vi o que ele vai fazer só não...Me lembro.
- Então nós "ajudamos" ele a tomar decisões, é isso?
- É.
- Hm.
- Enfim, pense um pouco, ele não vai precisar de ninguém agora, deve ter formado uma linha de pensamento, então se quiser falar conosco, estaremos por aqui.
E por fim, o homem extremamente educado, se retirou, com uma leve referência.
Algo me fazia pensar, afinal, ele, "James", só tinha me visto agora, só tinha falado comigo agora...E os outros anos, quem tratava de minha função? "Das outras coisas"?
...
Tudo era estranho, mas, mais explicado.
Agora, sabia o porque de várias coisas acontecerem.
Não sabia o como e porque estava ali, mas sabia que era algo para lhe ajudar a resolver o passado, a vida, morte.
Quem sabe, eu tenho de ajudar ele a conseguir "Ela".
Essa garota tem a mesma coisa que ele, e eu consegui ver alguém dentro dela...Alguém pedindo socorro.
Mas como socorrer alguém, se eu mesmo estou perdido?...
Não sei, mas vou saber.
E, deitei-me, um estranho sono me abraçava, assim como o jovem de azul e o homem mais maduro, quem parecia acordado era Dante.
Mas não importa.
E assim, dormi, pensando no que eu estava, onde eu estava.
Preso a uma vida, preso a um destino.
Por um momento, olhei em volta. Era uma sala branca e quando olhava para a frente, conseguia ver o que James via, como uma tela.
Mas agora a imagem "freezara", congelara.
O som dos pensamentos era resposto por passos, vários passos.
Depois, o silêncio absoluto.
Agora, essa sala tinha uma porta, atrás de mim.
Uma porta que eu fiquei curioso em saber o que havia por detrás, mas, principalmente por ela estar com a maçaneta mexendo.
Até abrir.
Quando abriu, 3 personagens curiosos foram entrando, não eram alados, eram normais.
Falando nisso, não me sentia naquele lugar especial. Aquele depois de minha...morte?
Enfim.
- Dae manin'. 'Tá mais suave?
Disse um gigante, com um cabelo branco, com uma jaqueta vermelha, calças castanhas e botas afiveladas.
- Erhm...Estou.
Que fazem aqui? Isto é meio pessoal.
Disse, aquilo era meio que uma invasão de privacidade de...suas lembranças.
- Ótimo, outro retardado que eu tenho de aturar. Pff.
Um ser igualmente gigante, se pronunciou, na verdade, o que mudava neles era a roupa, que deste era azul e seu cabelo, que o gigante mais amigável era liso, este que tinha mais raiva na voz, espigado, revoltoso.
- Quietos vocês dois, ele ainda está confuso.
Boas meu jovem.
Agora um homem mais maduro, nos seus cinquenta mas fisicamente perfeito falou com sua grave voz, chegava até a ser detalhista.
- Erhm...Boas. Querem me explicar o porquê de vocês estarem aqui?
- Ah, bem, nós "vivemos" aqui. Ou fomos criados para isto, não sei.
Ainda assim, somos parte desse jovem ai, que você assistiu e tomou rumo, correto?
Se sentia estranho, algo nesse senhor era familiar. Os outros dois também, embora estivessem mais preocupados em demonstrações de afeto familiar, como socos e chutes.
- Como que...sabe disso?
O homem apenas suspirou, ouvindo os socos e chutes dos outros dois.
- Vergil, Dante, parem, por favor?
Vergil, o de azul, estava preso em uma chave de pescoço pelo mais alegre, Dante. Que insistia em dizer :
- Pinico, V, pinico!
Mas logo o soltou, o que fez Vergil resmungar em sussurros, ao ouvir a voz do homem.
- Quão estraga-prazer, Nero. Bah.
Disse Dante, sorrindo para o tal Nero.
- Teu sorriso chega a ser irritante de tão cinico, pode parar.
Enfim, meu jovem, sabemos porque fazemos a mesma coisa, quando somos "chamados".
A diferença é que ele gosta mais de conversar contigo, és o mais..."politicamente" correto.
Eu converso com ele sobre negócios, Dante em lazer, Vergil com pessoas que ele não gosta.
O resto, é contigo.
Minha cabeça estava em água...Afinal, o que era eu? O que realmente eu estava ali fazendo?
- Mas e agora, porque estamos todos aqui?
- Ah, já que James não precisa mais de conversar contigo, aproveitamos para nos conhecer...
Disse Nero, esperando um nome...Mas eu não sabia meu nome, nem sequer isso...
- Erhm...Angelo. Pode me chamar de Angelo.
Finalmente falei, me lembrando de minhas asas, que curiosamente já não existiam em mim.
- Bem, Angelo, bem vindo a sua nova casa. Aqueles dois são Vergil, o de azul e Dante, o de vermelho.
Sou Nero, como Dante disse anteriormente.
- Dae manin', bem-vindo a esse troço aqui. Agora quando ele for no banheiro, tu que trata dele, suave?
Disse Dante, rindo alto.
Vergil e Nero pareciam menear a cabeça.
- Esse retardado é meu irmão, eu sou Vergil. Só não me enche muito o saco como esse escroto que não morre...rápido.
Disse o mais frio, era de ter medo daquele sombrio personagem.
- Mas então somos várias pessoas dentro de um...ser humano?
Concluí, afinal, pelo que eles falavam, era uma vida ali presente.
- Sim, e se ele morrer, morremos também, é assim que funciona.
Estremeci um pouco com isso, não era viável morrer denovo...Mas tinha algo estranho ali.
Eu me vi, morrendo. Já vi isto, já vi o que ele vai fazer só não...Me lembro.
- Então nós "ajudamos" ele a tomar decisões, é isso?
- É.
- Hm.
- Enfim, pense um pouco, ele não vai precisar de ninguém agora, deve ter formado uma linha de pensamento, então se quiser falar conosco, estaremos por aqui.
E por fim, o homem extremamente educado, se retirou, com uma leve referência.
Algo me fazia pensar, afinal, ele, "James", só tinha me visto agora, só tinha falado comigo agora...E os outros anos, quem tratava de minha função? "Das outras coisas"?
...
Tudo era estranho, mas, mais explicado.
Agora, sabia o porque de várias coisas acontecerem.
Não sabia o como e porque estava ali, mas sabia que era algo para lhe ajudar a resolver o passado, a vida, morte.
Quem sabe, eu tenho de ajudar ele a conseguir "Ela".
Essa garota tem a mesma coisa que ele, e eu consegui ver alguém dentro dela...Alguém pedindo socorro.
Mas como socorrer alguém, se eu mesmo estou perdido?...
Não sei, mas vou saber.
E, deitei-me, um estranho sono me abraçava, assim como o jovem de azul e o homem mais maduro, quem parecia acordado era Dante.
Mas não importa.
E assim, dormi, pensando no que eu estava, onde eu estava.
Preso a uma vida, preso a um destino.
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